quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Homem Voador #08

Argumento: José Pinto Carneiro
Desenho: Alvaro

CARTA ABERTA A PASSOS COELHO


CARTA ABERTA A PASSOS COELHO
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Exmo. Senhor Primeiro-Ministro,

Os signatários estão muito preocupados com as consequências da política seguida pelo Governo.



À data das últimas eleições legislativas já estava em vigor o Memorando de Entendimento com a Troika, de que foram também outorgantes os líderes dos dois Partidos que hoje fazem parte da Coligação governamental.

O País foi então inventariado à exaustão. Nenhum candidato à liderança do Governo podia invocar desconhecimento sobre a situação existente. O Programa eleitoral sufragado pelos Portugueses e o Programa de Governo aprovado na Assembleia da República, foram em muito excedidos com a política que se passou a aplicar. As consequências das medidas não anunciadas têm um impacto gravíssimo sobre os Portugueses e há uma contradição, nunca antes vista, entre o que foi prometido e o que está a ser levado à prática.


Os eleitores foram intencionalmente defraudados. Nenhuma circunstância conjuntural pode justificar o embuste.


Daí também a rejeição que de norte a sul do País existe contra o Governo. O caso não é para menos. Este clamor é fundamentado no interesse nacional e na necessidade imperiosa de se recriar a esperança no futuro. O Governo não hesita porém em afirmar, contra ventos e marés, que prosseguirá esta política - custe o que custar - e até recusa qualquer ideia da renegociação do Memorando.


Ao embuste, sustentado no cumprimento cego da austeridade que empobrece o País e é levado a efeito a qualquer preço, soma-se o desmantelamento de funções essenciais do Estado e a alienação imponderada de empresas estratégicas, os cortes impiedosos nas pensões e nas reformas dos que descontaram para a Segurança Social uma vida inteira, confiando no Estado, as reduções dos salários que não poupam sequer os mais baixos, o incentivo à emigração, o crescimento do desemprego com níveis incomportáveis e a postura de seguidismo e capitulação à lógica neoliberal dos mercados.


Perdeu-se toda e qualquer esperança.


No meio deste vendaval, as previsões que o Governo tem apresentado quanto ao PIB, ao emprego, ao consumo, ao investimento, ao défice, à dívida pública e ao mais que se sabe, têm sido, porque erróneas, reiteradamente revistas em baixa.


O Governo, num fanatismo cego que recusa a evidência, está a fazer caminhar o País para o abismo.


A recente aprovação de um Orçamento de Estado iníquo, injusto, socialmente condenável, que não será cumprido e que aprofundará em 2013 a recessão, é de uma enorme gravidade, para além de conter disposições de duvidosa constitucionalidade. O agravamento incomportável da situação social, económica, financeira e política, será uma realidade se não se puser termo à política seguida.


Perante estes factos, os signatários interpretam - e justamente - o crescente clamor que contra o Governo se ergue, como uma exigência, para que o Senhor Primeiro-Ministro altere, urgentemente, as opções políticas que vem seguindo, sob pena de, pelo interesse nacional, ser seu dever retirar as consequências políticas que se impõem, apresentando a demissão ao Senhor Presidente da República, poupando assim o País e os Portugueses ainda a mais graves e imprevisíveis consequências.


É indispensável mudar de política para que os Portugueses retomem confiança e esperança no futuro.


PS: da presente os signatários darão conhecimento ao Senhor Presidente da República.


Lisboa, 29 de Novembro de 2012"


MÁRIO SOARES ADELINO MALTEZ (Professor Universitário-Lisboa) ALFREDO BRUTO DA COSTA (Sociólogo) ALICE VIEIRA (Escritora) ÁLVARO SIZA VIEIRA (Arquiteto) AMÉRICO FIGUEIREDO (Médico) ANA PAULA ARNAUT (Professora Universitária-Coimbra) ANA SOUSA DIAS (Jornalista) ANDRÉ LETRIA (Ilustrador) ANTERO RIBEIRO DA SILVA (Militar Reformado) ANTÓNIO ARNAUT (Advogado) ANTÓNIO BAPTISTA BASTOS (Jornalista e Escritor) ANTÓNIO DIAS DA CUNHA (Empresário) ANTÓNIO PIRES VELOSO (Militar Reformado) ANTÓNIO REIS (Professor Universitário-Lisboa) ARTUR PITA ALVES (Militar reformado) BOAVENTURA SOUSA SANTOS (Professor Universitário-Coimbra) CARLOS ANDRÉ (Professor Universitário-Coimbra) CARLOS SÁ FURTADO (Professor Universitário-Coimbra) CARLOS TRINDADE (Sindicalista) CESÁRIO BORGA (Jornalista) CIPRIANO JUSTO (Médico) CLARA FERREIRA ALVES (Jornalista e Escritora) CONSTANTINO ALVES (Sacerdote) CORÁLIA VICENTE (Professora Universitária-Porto) DANIEL OLIVEIRA (Jornalista) DUARTE CORDEIRO (Deputado) EDUARDO FERRO RODRIGUES (Deputado) EDUARDO LOURENÇO (Professor Universitário) EUGÉNIO FERREIRA ALVES (Jornalista) FERNANDO GOMES (Sindicalista) FERNANDO ROSAS (Professor Universitário-Lisboa) FERNANDO TORDO (Músico) FRANCISCO SIMÕES (Escultor) FREI BENTO DOMINGUES (Teólogo) HELENA PINTO (Deputada) HENRIQUE BOTELHO (Médico) INES DE MEDEIROS (Deputada) INÊS PEDROSA (Escritora) JAIME RAMOS (Médico) JOANA AMARAL DIAS (Professora Universitária-Lisboa) JOÃO CUTILEIRO (Escultor) JOÃO FERREIRA DO AMARAL (Professor Universitário-Lisboa) JOÃO GALAMBA (Deputado) JOÃO TORRES (Secretário-Geral da Juventude Socialista) JOSÉ BARATA-MOURA (Professor Universitário-Lisboa) JOSÉ DE FARIA COSTA (Professor Universitário-Coimbra) JOSÉ JORGE LETRIA (Escritor) JOSÉ LEMOS FERREIRA (Militar Reformado) JOSÉ MEDEIROS FERREIRA (Professor Universitário-Lisboa) JÚLIO POMAR (Pintor) LÍDIA JORGE (Escritora) LUÍS REIS TORGAL (Professor Universitário-Coimbra) MANUEL CARVALHO DA SILVA (Professor Universitário-Lisboa) MANUEL DA SILVA (Sindicalista) MANUEL MARIA CARRILHO (Professor Universitário) MANUEL MONGE (Militar Reformado) MANUELA MORGADO (Economista) MARGARIDA LAGARTO (Pintora) MARIA BELO (Psicanalista) MARIA DE MEDEIROS (Realizadora de Cinema e Atriz) MARIA TERESA HORTA (Escritora) MÁRIO JORGE NEVES (Médico) MIGUEL OLIVEIRA DA SILVA (Professor Universitário-Lisboa) NUNO ARTUR SILVA (Autor e Produtor) ÓSCAR ANTUNES (Sindicalista) PAULO MORAIS (Professor Universitário-Porto) PEDRO ABRUNHOSA (Músico) PEDRO BACELAR VASCONCELOS (Professor Universitário-Braga) PEDRO DELGADO ALVES (Deputado) PEDRO NUNO SANTOS (Deputado) PILAR DEL RIO SARAMAGO (Jornalista) SÉRGIO MONTE (Sindicalista) TERESA PIZARRO BELEZA (Professora Universitária-Lisboa) TERESA VILLAVERDE (Realizadora de Cinema) VALTER HUGO MÃE (Escritor) VITOR HUGO SEQUEIRA (Sindicalista) VITOR RAMALHO (Jurista) - que assina por si e em representação de todos os signatários)

Leon The Professional

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Acusada de tentar asfixiar namorado entre os seios

Um alemão acusa a ex-namorada de o tentar sufocar com os seios. Em julgamento por tentativa de "homicídio armado", a mulher nega e diz que ambos participavam em jogos sexuais de forma consensual.

Tim Scmidt, de 30 anos, acusa a ex-namorada de o tentar asfixiar entre os seios, copa 38DD, quando faziam sexo. A mulher responde em tribunal por tentativa de homicídio com arma.
Franziska Hansen nega as acusações e diz que ambos estavam a fazer jogos sexuais de forma consensual, em casa, na cidade alemã de Unna.
"Ela estava sentada em cima de mim, nua, e eu estava a beijar-lhe os seios. De repente, ela agarrou a minha cabeça e apertou-a entre as mamas com toda a força", contou Tim Schmidt, em declarações ao jornal alemão "De Bild".
O caso aconteceu em maio, mas só agora ficou conhecido, ao chegar a tribunal. "Fiquei sem conseguir respirar. Devo ter ficado roxo. Não me conseguia libertar e pensei que ia morrer", acrescentou.
Tim Schmidt, que pesa cerca de 82 quilos, diz que conseguiu libertar-se, a custo, da pressão da ex-namorada, de 57 quilos, e fugiu, nu, para casa de um vizinho, de onde chamou a polícia.
"Para mim é claro que que ela queria matar-me. Até o admitiu ao telefone. Perguntei-lhe porque tentou asfixiar-me até à morte com as mamas e ela respondeu: "Tesouro, queria que a tua morte fosse o mais agradável possível", contou Tim Schmidt.


JNDaqui:

Orion - Telescópios

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terça-feira, 27 de novembro de 2012



"Sempre fiz questão de nunca fumar quando estou a dormir."

Mark Twain

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Centenas de funcionários de investigação da Polícia Judiciária protestam contra Orçamento do Estado

Várias centenas de funcionários de investigação da Polícia Judiciária (PJ) concentraram-se hoje ao final da tarde frente ao parlamento em protesto contra o Orçamento do Estado que afirmam atentar contra a sua dignidade. 

O protesto, organizado pela Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) da PJ, tem a apoiá-lo o manifesto aprovado pelos funcionários em que, contas feitas, se estima uma redução de "5,5 salários" destes profissionais no próximo ano.

 "A austeridade está a provocar repercussões negativas ao ambiente e funcionamento da PJ", lê-se no documento, em que se salienta que "no decurso de 2013 o número de casos de insolvência de investigadores criminais da PJ pode aumentar exponencialmente".

A ASFIC salienta que os profissionais estão "vinculados a um regime legal de exclusividade tão exigente" que para ter outras atividades precisam de licenças de vencimento. Só assim conseguem manter "condições de sobrevivência dentro dos parâmetros aceitáveis do direito fundamental à dignidade da pessoa humana".

O âmbito do protesto acaba por ser mais vasto que os problemas da classe, lendo-se nos cartazes empunhados pelos manifestantes mensagens como "Contra um aumento de impostos e iníquo e asfixiante", e até um pedido de desculpas aos cidadãos portugueses por não conseguirem "prender os verdadeiros responsáveis pela crise: certos banqueiros e certos políticos".

O deputado do PCP, João Oliveira, que se juntou á manifestação, afirmou á agência Lusa que as reivindicações da ASFIC "são justíssimas" e que estes profissionais enfrentam também "sucessivos ataques aos rendimentos do seu trabalho e à sua dignidade profissional".

Pelo Bloco de Esquerda, Cecília Honório afirmou ainda que "há um défice de investigação criminal em Portugal" e que paira sobre este corpo policial a vontade de "o transformar numa coisa muito mais suscetível às pressões políticas". Uma delegação da ASFIC foi recebida pela presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, que, segundo fonte sindical, se mostrou "solidária" e comprometeu-se a distribuir o manifesto a todos os grupos parlamentares.

Lusa

Sacado daqui: sicnot

India Malhoa - Lollipop

Para aqueles que acham que já viram tudo:

Dom Hélder Pessoa Câmara